quinta-feira, 28 de abril de 2011

Wellington Menezes, Célia Musilli e Luiz Carlos Alborghetti

Não tem nada mais chato que os devaneios filosóficos e burocráticos sobre os meios e motivos que levaram Wellington Menezes a cometer a maior chacina dentro de uma escola brasileira. Wellington fez o quê fez porque é psicopata. Nero era psicopata e ateou fogo em Roma. Idi Amim Dada era psicopata e trucidava pessoas. George W. Bush é psicopata e matou afegões e iraquianos. Tem um ex-governador do Paraná que não mata ninguém, mas tem um perfil parecido com os estadistas citados e vive atacando a imprensa e os adversários políticos. Cães da raça pit bull são meio psicopatas também, e por isso vivem com coleiras e focinheiras. A diferença entre os cães ferozes e esses homens é que pit bulls não comem mamona. Enfim.

Recentemente tive o desprazer de ler um artigo da senhora Célia Musilli no jornal Folha de Londrina onde havia uma infeliz citação ao ex-apresentador Luiz Carlos Alborghetti associando-o à indústria da desgraça na mídia. Até onde me lembro, Alborghetti tinha um discurso inflamado sim, mas lutando por penas justas para pessoas do nível de Wellington Menezes - coisa quê a grande maioria da população brasileira, já exausta de ter seus direitos humanos violentados quase que diariamente, também quer. Que os direitos humanos sejam para pais de família que sustentam os seus honestamente, para trabalhadores, para aqueles que lutam por uma sociedade melhor. Pessoas como Wellington não são humanas e por isso não devem ter direito nenhum. Simples assim.

Alborghetti queria pena de morte, o que a maior parte dos brasileiros também quer. E antes de ser classificado como apenas mais usuário de redes sociais onde Alborghetti virou febre, lembro que sou jornalista formado e tenho uma grande admiração profissional pelo estilo do ex-apresentador do programa “Cadeia sem Censura”. Para aqueles que teimam que teorias e mesas redondas revertem problemas com marginais e intitulam Alborghetti como sensacionalista e baixo, eu deixo um jargão do próprio: falsos moralistas!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Menino Tonho


Menino que tudo pode
Menino a quem tudo é permitido
Permitiu-se sonhar
Sonhar em afrontar
Porém sua educação
Não lhe permitiu voar
Menino que cantava pelas ruas
E aos mendigos fazia sorrir
Mas ele sabia que entre ele e os mendigos
Nada poderia intervir
Sonhava com simplicidade e casinha de tapera
Mas suia realidade era outra
E será que ele a quisera?
O menino que sempre teve tudo
Hoje não quisera nada
Queria ser ele mesmo
E criar sua própria estrada.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Minha primeira escrita anarquista

Dia 3 de março de 2011 às 20h 32m

Eu estive essa tarde pensando sobre muitas coisas diferentes quase simultaneamente (como eu costumo mesmo fazer com minha mente deturpada, fedida e desgovernada na maior parte do tempo). É uma coisa louca imaginar um homem gordo de regata verde, calvo, sujo de graxa, acariciando um banco de automóvel (não, eu nunca vi essa cena, apenas imaginei-a de forma totalmente avulsa e inusitada e visivelmente real). E daí na sequência, escrevendo sobre o clima do carnaval (vai ou não vai chover?; temperaturas máxima e mínima; ventos; tempestades), fitei a parede da redação quase branca e com minúsculas rachaduras e pensei com uma certeza muito grande sobre dois pontos bem distantes: Ponto 1: eu sentado em uma cadeira de praia, com ambos os pés fincados na areia até a metade do tornozelo comendo uma ostra com limão e sal e a latinha de breja alojada entre os joelhos. Eu pasmo observando o mar.Ponto2: Liedson arrancando pelo meio ‘voando’ atrás da bola após um belíssimo lançamento do Bruno Cesar. Dia quatro de março de 2011 às 9h 46mBom, como se já não fosse o bastante, acabei lendo algumas coisas na internet que me deixaram feliz. Textos inspiradores e malucos do mano Cavi e aguardando o gênio do Sakuma postar algo mais no Esquina (ou de preferência anunciar o seu novo livro “Amor e outros venenos”).

Daí hoje (sexta-feira dia 4 de março de 2011 às 11h 30), véspera de carnaval, ou melhor, carnaval já néh e a porra toda e eu sem grana e provavelmente sem poder fazer muito mais do que passar os próximos quatro ou cinco dias bêbado de alguma bebida ruim embora barata assistindo aos desfiles na TV e fumando cigarros e cigarrilhas das mais variadas espécies deitado na cama. Nada mal também, mas eu juro que preferiria ir para um bom e velho carnaval de clube, regado à lança perfume, confete serpentina e muita bebida de diferentes sabores e muitíssimas bundas rebolantes e fedor de sovaco no ar. O fato é que a porra do carnaval perde a tradição a cada ano e a cada ano eu vou ficando com menos e menos grana pra ir passar um carnaval decente em São Luiz do Paraitinga.

Devaneios às 13h 52m

Um velho coelho descendo um escorregador.
Um carrinho de supermercado cheio de caranguejos dentro.
Um saco de lixo cheio de cocô dentro e moscas zuretas voando por cima dele em círculos.
Um jornalista distraído e sonolento sentado num canto da sala com a pança pendendo por cima da calça jeans. Fumando um cigarro.

Pensamento avulso às 13h 58m

Pensei em passar os próximos anos da minha vida me dedicando a inventar uma máquina que trabalhasse por mim. Mas desisti na sequência tendo em vista que a probabilidade dessa máquina se tornar melhor do que eu em todo o resto (sexo, direção, futebol, pensamentos) seria grande demais. E eu também não entendo nada de invenções e ciências mecatrônicas (ou seria engenharia?).

Um desejo às 14h 32

Uma ciência que estude a perseverança dos besouros.



Trechos cortados a esmo de matérias escritas no dia de hoje

“Paranaense de Futebol (FPF) e pelo Corpo de Bombeiros antes do final deste mês”“...acabou como artilheiro da competição ao balançar as redes 24 vezes. “Foi um ótimo jogo...”

Uma frase às 15h 14m

Um susto esculpido em esquadros de vidro.

Pensamento perfilado às 15h 20m

A sarjeta é o infinito fim do bêbado.Para o resto da humanidade sobram as covas, os caixões e os crematórios.

Passagem histórica de não sei quem e não sei quando...às16h 16m

Massageando lóbulos de orelhas mesquinhas. Debaixo de um limoeiro maldito. Os sinos fazem sinais sonoros de tudo o que pode ser ouvido. Esquecido estava o sino no tempo em que os barulhos eram apenas ruídos.

Filosofia de vida 16h 59m

O dinheiro é um cocô imensamente grande. Maior ainda é a merda de sentir a falta dele.

Me veio na cabeça às 17h 27m

Hoje eu vi um rato de pulôver. O nome dele, suponho, era rato de pulôver.

domingo, 6 de março de 2011

WHAT'S FUCK? VELMA?

Não, não é a Velma do Scooby Doo, se trata de George Clooney. Encontrei essa foto dele enquanto vadiava na internet.
Se esse avatar se transformou num cara tão lindo depois de adulto, eu ainda tenho esperanças.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Ele vai!


Santo Antônio da Platina, 17h30, 04 de março.

Não é que chega uma correspondência para Felipe Campos Peres, direto da Inglaterra, com o logo Royal Mail no envelope. Ahhhh, não é que ele recebeu o convite da família real. hahaha

Só para quem pode.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Socialismo de merda!


Olha, senhores, eu tenho algumas certezas na minha vida, e uma das mais plenas e absolutas é que esse tal de socialismo é uma grande merda. Merda herdada de uma juventude rebelde que se tornou, em sua maioria, patrões burocracatas e reacionistas.
Pois bem, eles conseguiram algumas mudanças até que bem razoáveis, mas mudanças são muito diferentes de transformação, e a sociedade continua capitalista, consumista, hipócrita, etc. Deixo claro que, na minha humilde opinião, enquanto houver Estado não haverá igualdade entre homens.
Então, se nossos pais, avós e bisavós lutaram por causas consideradas justas, para essa geração sobrou apenas as merdas das bandeiras vermelhas sem ideologia nem propósito. Partidos de esquerda, partidos de direita, partidos da casa do chapéu, todos iguais. O PT apenas deu continuidade ao governo FHC, e o próximo partido no poder dará continuidade no atual governo, e assim segue. "Os porcos estão de pé", diria George Orwell. A prova disso é o salário extremamente mínimo de R$ 545, que o Governo lutou com unhas e dentes para aprovar.
Logo, finalizo essa exposição de idéias dizendo que, tenho mais que certeza, pois é uma convicção, que a única coisa boa que o socialismo nos proporcionou foi a banda Rage Against the Machine. O resto é bosta.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Bosta Real


Se você não recebeu um desse na sua casa, sinto muito lhe dizer, mas significa que você não é querido pela família real inglesa e não vai participar da cerimônia de casamento do príncipe William.
Isto também significa que, provavelmente, você nunca terá a honra de ver pessoalmente o Viadinho Real, o Charles Boça Real e a Cadela Caquética Real (tudo com letra maiúscula para manter o devido respeito à realeza). E agora?

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Bota Pra Fuder!



Isso é o que eu chamo de botar pra fuder. A deputada estadual pelo Rio de Janeiro Cidinha Campos fala sobre "os que mamam". Ela fala que todos os deputados são omissos. Critica, bate e xinga de ladrão o Deputado José Nader que se "auto" indicou para uma vaga no Tribunal de Contas.

Crítica


Império do Rock

Um festival de rock em um dia que teve duas meias-noites. Um festival que, no geral, teve bandas boas. Um lugar bacana. Cerveja boa. Para a primeira edição conseguiu ter um bom nível, porém...
Não dá pra aceitar um festival de rock com uma bebida chamada Teletubbie. QUE PORRA É ESSA?. É pra desacreditar qualquer segunda edição. Sorte que o público, formado na maioria por adolescentes coloridos, não deu conta de tomar toda a cerveja e o open bar durou até de madrugada.
Quanto ao som, quebrou o galho, mas em certos momentos chegou a comprometer a apresentação dos músicos, como a do folk man Antônio Altvater.
A primeira banda que se apresentou (pelo menos a primeira que eu vi), que eu não sei o nome, só sei que é de Bandeirantes, manteve um bom nível em covers de Metallica, Iron Maiden e outras bandas de hard rock dos anos 1980. Destaque para o vocalista. Em seguida Antônio Altvater se destacou com músicas autorais, o que faltou para as outras bandas. Talvez não fosse o público ideal para dar a cara a bater, mas ele fez, ponto para ele.
Após o violão e gaita, Antônio fez participação na primeira música da banda Pátria Fúria, de Wenceslau Braz. Para variar, outra ótima apresentação de Rodrigo Santos, André Maluf, e o novo baterista Rafael Bob. Rock clássico de responsa. Só faltaram as músicas próprias.
Por volta das 2 horas, já sob censura da polícia para que diminuíssem o volume, subiu ao palco a banda Querida Mary. Banda que não faz feio, mas que infelizmente se limita a uma linha de rock inglês sem graça, como Strokes e seus genéricos. Além do som sem graça, as frases no microfone do tipo: “Planet Hemp na área Porraaaa!”, ficaram fora de contexto como as pérolas de Chorão do Charlie Brown Jr. Mais pose que atitude.
A última banda que agüentei assistir foi a D-Riff, de Santo Antônio da Platina. Logo no início da apresentação eles já se desculparam pela falta de ensaio, porém o que se viu foi uma banda entrosada, com músicas bem executadas. O ponto alto da banda, sem dúvidas é o guitarrista, que arrancou efeitos bem próximos aos de Tom Morello, em músicas do Rage Against The Machine. O vocal ainda destoa um pouco, mas com alguns ensaios pega o jeito.
Então no geral, parabéns para a galera que organizou o festival, mas lembrem-se, rock and roll e teletubbie não combinam. Senão, na próxima, quem realmente gosta de rock (e não apenas vai com roupinha de banda para aparecer) vai dizer:
Hora de dizer tchau!!!!!
TCHAU!!!!!!!!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Diário de um repórter policial




I – Uma tartaruga chamada Justiça

 Depender dos outros não é fácil. Os outros, também conhecido como Zôto “depender do zôto”, são descendentes de uma raça inimiga a sua. Você precisa fechar uma matéria, e só depende de uma porra de uma informação:
- Alô, bom dia, posso falar com o promotor Carlos Correia?
- Bom dia, quem deseja?
- Celso (Quando o assunto é tenso melhor não revelar logo de cara que é do jornal)
- Celso de onde? – torna a perguntar como se todas as pessoas tivessem que ser de algum lugar. Dá vontade de responder que sou da fronteira Leste do Afeganistão, entre o Tajiquistão e a Kashimira.
- JORNAL TRIBUna do vale – Naquela entonação que começa forte e no final já vira quase que um suspiro.
- Só um minuto que vou verificar se ele pode atender.
Pronto, pode saber que o filho da puta vai estar em alguma reunião.
Resolvo desligar o telefone e ir ao fórum pessoalmente.
A situação era a seguinte: Recebemos uma denúncia de que uma senhora com sérios problemas de saúde, que ainda cuidava de um filho retardado estaria sendo maltratada por netos que ficaram com o dinheiro da aposentoria. Segundo vizinhos, é um quarto com bosta até o teto, imundície total.
Fomos até a casa em um bairro tipo Bronx. Meninos de bonés de aba reta empinando bicicletas BMX ao som de raps que vinham dos Opalas e Chevetes estacionados em frente a casa. O repórter fotográfico que me acompanhava conseguiu fazer algumas fotos escondidas.
Com as informações na mão, fomos até o fórum. O promotor novo, gente boa, nos encaminhou para uma mocinha para que ela nos ouvisse e fizesse o termo.
... Aí começou meu inferno astral. Já eram 16 horas e eu sem nenhuma porra de uma matéria escrita. Os ponteiros do antigo relógio cuco do fórum pareciam machados ceifadores.
Depois de escutar a história, a mocinha começou a digitar o documento relatando o fato. Meu Deus, o filme de terror começa. Naqueles dedos atrofiados e naquela cabeça de camarão estragada não existiam pontos, mas ela os compensava com vírgulas, muitas vírgulas, como se fossem orégano, ia salpicando sobre o texto.
Enfim, isso não é nada. O pior é que a mulher não sabia finalizar um ideia. O texto era algo do tipo: Na qualidade de repórteres, os mesmos foram até a casa da mesma, e os netos da mesma estavam maltratando da mesma, e o promotor Carlos pediu que a mesma lavrasse. PUTA QUE PARIU!!!!! VAI SE FUDER FILHA DA PUTA DO CARALHO, VOLTA PRA QUARTA SÉRIE E VAI APRENDER A ESCREVER SUA PUTA ANALFABETA DOS QUINTOS DO INFERNO!!!
Ela levou quase duas horas para escrever 15 linhas incompreensíveis.
Resultado: a pobre senhora deve estar comendo bosta até agora.
Um dia eu também quero ser o zôto e vou querer que todo mundo se foda.
Celso Felizardo Zôto.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Todo dia é um pouco de tudo que ainda não foi

Flácido, pensando em como pensar
As paredes do quarto me encaram, tornam o ambiente tenso e azul
A mente parece boiar por aí
Igual a um balão
A mão direita ocupada com o copo
A esquerda com o cigarro
Um trago antes do gole
E o gole, que é bem do ligeiro
Vem logo atrás do trago!
São companheiros pra caralho
As horas passam e pouca coisa muda;
A posição em que se está muda:
Uma coceira no olho...
O peidar do cu...
O espirrar do nariz...
Uma câimbra na perna...
Matar uma mosca sobre a mesa?
Pode ser...
Depois acorda curvado e percebe
Que o dia já amanheceu
O cachorrinho já acordou
E a rotina do lado de fora da porta
Te aguarda pra mais um dia de terror

Cabeça, membros, entranhas e tronco

Nós somos universos em pessoa
Temos rios, matas, estradas
Ladrões, bandidos, canalhas, filhos da puta
Médicos e religiosos
Vulcões
Anjinhos, santos, sapos e leões
Micos dourados
Nós somos prédios, casas, barracos
Feitos de um pouco de ar, pedra, água ,suor, sacanagem, peido e fogo
Somos sarjetas, campos de futebol
Cocô e mijo
Campos minados e de batalha
Temos tapetes luxuosos
Outros nem tanto
Outros tantos, farrapos
Somos em um só cães e gatos
Temos partidas e muitas chegadas
Viagens eternas
Sonhos rasantes
Somos elevadores e escadas
Temos descidas, temos ladeiras e as porras das subidas
Tudo numa coisa só
Cabeça de televisão
Ouvidos de rádio
Pés de esteira rolante
Mãos de maçaneta
Barrigas de descarga
E as mentes sempre insanas

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Nereu

1- Da escuridão do ralo pra luz da privada

Nereu gostava da escuridão. Trancava-se em seu quarto desde pequeno, e imaginava estar dentro de uma caverna. Era um morcego. Era um monstro. Era louco. Depravado. Um maldito doente adorador do escuro. Nereu era filho de pais ricos e muito maus. Pais maus, filho doente. Pais bons, filhos mais doentes ainda. Nereu ia bem na escola. As notas eram boas, eu quis dizer. Porque na verdade Nereu era sozinho. Não tinha amigos, nem namorada. Quando estava na 5ª série apaixonou-se por uma freira velha e tetuda que usava preto. Irmã Catarina, diziam. Os adultos diziam que Nereu se tratava de um belo garoto. Diziam que ele tinha um rosto bonito e bem desenhado. Os adultos insistiam que ele era realmente um garoto bonito: cabelos castanhos, queixo quadrado, mas não exagerado, queixo pequeno e quadrado, então, nariz grande e reto (perfil grego (não era um legítimo narigudo)), bochechas chupadas, olhos fundos e grandes olheiras eternas. Não era grande, mas ia bem nos esportes: natação, futebol, e artes marciais. Mas não sabia andar de bicicleta e tinha pavor de escadas. Maldita Lei de Murphy entrou em ação. Nereu. Ah, pobre Nereu. Ele era apaixonado por música. Mas era péssimo na porra da música. Desengonçado com um violão. Faltava técnica para os instrumentos de sopro (apesar do bom fôlego). Nos de percussão? TERRÍVELMENTE SEM RITMO! Desilusão atrás de outra. A idade foi chegando. Um dia ela chega néh, vamos assim dizer. Aliás ela está dentro do nosso gene aquela porra. Com 15 levou sua primeira surra, bêbado na rua. Com 18 nunca tinha comido ninguém. Com 23, nada de faculdade. Aos 25, primeiro emprego? Sem amigos sempre. Aos trinta, os troféus continuavam empoeirados no quarto da mansão que morava com os pais, no Colina Verde, em Ribeirão Preto. A mãe sempre com roupas de perua ou roupas de academia fazendo implantes e metendo com gigolôs da Praça Sete de Setembro. Nereu cuidava também de uma iguana que se chamava Balalaika. Ela ficava em um aquário, meio que enrolada em um galho envernizado. Embaixo de Balalaika, miniaturas de um sofá, duas poltronas e uma TV. O título da Recreativa de Ribeirão amassado feito dinheiro de bêbado dentro de uma caixa de recordações com umas moedas antigas, um pente, uma embalagem de camisinha, um caco de vidro e um soco inglês. A pele branca igual à neve (certamente nunca enfrentava o sol impiedoso de Ribeirão Preto). Nereu, ei Nereu. SEU FILHODUMAPUTA, dizia o pai. Tinha tudo, diziam, para ser o CAMPEÃO. O MÉDICO. O CESAR CIELO. No mínimo um administrador, veterinário ou advogado. DONO DE BOTEQUIM!!! Mas ele era...um puta de um vagabundo tentando viver em paz, em seu mundo. Abandonado e eternamente cobrado por seus pais. Já era rico mesmo, num precisa trabalhar nem nada... Bebia compulsivamente, sozinho. Fumava pra caralho. Ficava vendo pornografia na internet o tempo todo. E lia muito (Thich Nhãt Hanh, Gilberto Dimenstein, Machado de Assis, Günter Wallraff, Paulo Coelho, Fante, Drummond, Guilherme Sakuma). Passou a cuidar de bonsais, mas ninguém sabia. Viajava muito pouco. O pai achava que o filho era veado e louco. Não curtia a vida. Diziam. O filho da mãe não sabe viver, pensavam. Buzinavam o tempo todo. Nereu, com seu escudo de plenitude e escuridão e senso de ‘quesefodatudoetodos’, num dava nem pelota. Mexia os ombros desdenhando. Sempre voltava para o quarto. Ficava lá, jogava vídeo-game, brincava com Balalaika, bebia, fumava, pouco se fodendo com o resto. Ar condicionado no talo. Dizia pra si próprio”FODA-SE O MUNDO”! Desastrado o coitado. Fodido. Puto da vida. Com certa razão. Mas desastrado, sabe como é que é néh... Hoffman...Newton e tudo mais. Chegou o dia em que Nereu, desistiu da música, desistiu da Balalaika, desistiu de desistir da vida. Tentou se encorajar, e, desgraçadamente conseguiu. Ganhou uma BELA de uma grana com a morte dos pais que bateram as botas após um acidente de automóvel na rodovia Anhanguera. O pobre motorista (que consequentemente tornara-se vilão (igual aconteceu com o piloto dos Mamonas)), levou a culpa. Porra, não viu aquela poça d’água, ao lado extremo esquerdo da pista, muito perto da trincheira de concreto que divida as pistas? O carro rodopiou no asfalto molhado por conta da poça d’água e na sequência foi atropelado por um Scania gigantesco, veloz e pesado. No velório dos pais, Nereu pouco chorou no Cemitério da Saudade. Na verdade apenas o pouco que chorou foi por pena: pena dos pais de merda com vidas de merda que ele tinha, pena de si mesmo, pena dos mendigos e dos psiquiatras. Mas pena, um sentimento terrível de pena. Mas também foi só. Depois que fecharam o caixão e enfiaram aquela merda dentro da gaveta do jazigo Nereu sentiu-se aliviado e de bem com a vida. Reparou nos pássaros. Observou o movimento dos galhos das árvores contra o vento. Espiou o sol lá em cima fervendo sua mente de ideias totalmente miseráveis. Bocejou.
A morte dos coroas então veio em boa hora. Com a grana (algo em torno de R$ 17 milhões), primeiramente matriculou Balalaika na escola de circo da avenida Caramuru (um antigo sonho da estimação), vendeu a mansão no Colina Verde e comprou um rancho às margens do rio Pardo. Ah merda, vendeu os carros do velho (eram três, e de marca) e comprou um Uno 1995 cor cinza (totalmente desbotado), com os bancos furados e cinto de segurança vagabundo e bem questionável. Na primeira noite só, pendurou-se em sua rede da varanda do rancho, besuntou-se de repelente, acendeu um cigarro e ficou bebendo sua primeira garrafa de vinho em paz, esperando tranquilamente o resto da vida.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Hipocrisia Gordurosa

Durante uma tarde de domingo ao lado de minha mãe, fomos surpreendidas pela vizinha gorda que mora do lado de casa, que fique claro não tenho nada contra pessoas que causam abalos sísmicos, porém a maioria delas tendem a soberba, hipocrisia e arrogância. Enfim, a vizinha chegou aqui e nós assistindo a um desfile de fantasias eróticas, totalmente normal.
Sentada, esparramada no assento, suando no couro do nosso sofá começou com frases de gorda: ''Essa moça é esquelética''; '' Que coisa feia essas calcinhas enfiadas no rego''; ''Meu marido pediu pra eu usar uma camisola assim esses dias''; ''Essas mulheres fizeram lipo, COM CERTEZA''; '' meu marido diz que gosta de ter onde pegar (MENTIRAAAAAAAAAAAAAAAA)''.
Deu pra notar? A soberba, a inveja, por que gente gorda se comporta assim? Não quero ofensas aqui contra essa que vos escreve, porque se você é gordo, é porque come que nem um cavalo! Pare de comer que você emagrece, caso contrário não reclame dos abalos sísmicos e das piadinhas, e seja feliz com seu colesterol e suas artérias entupidas.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Minorias parte 2

Dando sequência às dicas de sobrevivência para minorias, o blog traz o  link (clique aqui, ou não) do site da Secretaria de Educação do Paraná. Na pasta, tem núcleo para todos os perfis, índios, afrodescendentes, e gays.

Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual. Olha que interessante. Logo logo o sujeito vai poder ser homossexual por formação.

- Qual a sua formação dr. Euclides Pederneiras?
- Pós-doutorado em Homossexualidade com ênfase em relações entre primos e incesto.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Falso Moralismo Universal

Não dá para assistir filme na Record. Toda vez eles picotam o filme inteiro. Cenas de sexo nem pensar. Fui assistir Van Helsing, cadê as cenas das vampiras gostosas com o Drácula?

Ontem fui assistir Senhor das Armas, cortaram a cenas das russas, e mais algumas pornóticas. Que bosta. Garanto se fizessem um vídeo de algum padre abusando de uma criança mostrariam em HD, câmera lenta, e o escambal. Falso moralismo do caralho viu.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Dicas de sobrevivência

O google é louco. Fui entrar nas estatísticas do blog e para a minha surpresa tem acessos nos Estados Unidos e no... Alaska?? Imagino a cena de um esquimó, dentro do seu iglu-glu ié ié, com um notebook lendo essas besteiras que vossas senhorias descorrem.

Pensando nas minorias, lê-se esquimós, judeus, e sei lá...mais esquimós e mais judeus, mais judeus que esquimós, vou postar um guia prático de sobrevivência.
 
Esquimó - Se você estiver abaixo de zero grau, em cima de uma placa de gelo, nunca, mas nunca mesmo, mije no chão. Você corre o risco de transformar seu pau em um picolé com bolas.


Judeu - Se você estiver em um campo de concentração, nunca, mas nunca mesmo mije em uma cerca elétrica. Sua trolha circuncisada vai virar uma linguiça de porco. E como judeu não come porco, você nunca mais vai usar pra nada sua linguça brûlée.


Em breve, mais dicas de sobrevivência neste admirável mundo novo.

Pesadelo Mitológico nº3


Giovane era um menino dos cabelos compridos, bochechas rosadas e dentes tortos. Quando criança vivia a soltar pipas e a cometer pequenos delitos em Wenceslau Braz. Era conhecido também como Mc’Gayver. Com um pedaço de arame ele conseguia criar distorções para guitarras, se dessem um arame e um chiclete ele faria uma guitarra Fender autografada pelo Jimi Hendrix, certeza. Mas seu ponto forte são as histórias surreais.
Certa vez, em uma conversa sobre sonhos, ele começou a contar suas fantasias e perversões sexuais. Na conversa, a ideia central era a consciência durante o sono. “Cara, você já sonhou e sabia que estava sonhando?”, começou a conversa.
- Já, é legal né, respondi.
Reginaldo, meu outro amigo que participava da conversa começou a ficar assustado com os dois malucos.
Então Giovane continuou:
- Eu sonhei que entrava em qualquer lugar e comia todo mundo, esfregava o pinto na mulherada, e não dava nada...
Nós rimos.
E ele completou:
Um dia eu sonhei com um amigo meu, e no sonho falei pra ele:
- Cara, sabia que a gente tá sonhando?
- Eu não cara., respondeu o amigo no sonho.
- Sério, agente ta sonhando, que louco né? Amanhã eu vou te procurar e perguntar se você vai lembrar, não esquece hein.
- Tá, respondeu.
No dia seguinte ele chega gritando, desesperado e cutucando o amigo..
- Daí Leandro, lembra do sonho cara? LEMBRA????
...
- QUE SONHO FILHO DA PUTA, TÁ LOUCO???, respondeu espantado.
Depois que ele terminou a história foi uma bucetaria de risada pra todo lado.

Lembranças de uma mente insana

1- O comedor de macarrão

Essa rotina repetiu-se praticamente todos os dias da semana durante o ano de 1995, quando eu tinha 11 anos. Nessa época eu estava na quarta série e estudava no Colégio Vita et Pax, que traduzindo do belga para o português significa Vida e Paz (quase o oposto do que se via lá dentro)... descobri a pólvora hein! Enfim, estudava nessa escola de freiras belgas, situada no mesmo bairro onde passei minha infância, o Jardim Recreio, zona oeste de Ribeirão Preto. Um bairro alternativo para os desavisados e o local onde eu me sinto mais em casa. Minha grande casa ‘recreana’. Bom, estudava lá e nesse período eu estudava à tarde e todos os dias antes de ir para a escola sentar meu rabo na careteira sem conseguir entender metade das coisas que os professores falavam, eu passava na casa do meu amigo Benísio. Benísio (já falei sobre essa peça em alguns outros artigos e contos e crônicas e poemas) vivia em uma família extremamente religiosa. Eles eram Testemunhas de Jeová. O pai de Benísio era alcoólatra e dono de um supermercado na Vila Tibério. A irmã mais nova só cuidava da beleza e sonhava em ser noiva (era loira, magra e bonita). A mãe era onipresente. E o irmão mais velho é o comedor de macarrão dessa incrível lembrança. O negócio é que eu passava lá e o comedor de macarrão, cujo o nome eu não vou divulgar por provável processo futuro, então vou chamá-lo aqui apenas de V. Bom, eu sempre chegava lá e o V. estava sempre sentado de frente pra televisão. Geralmente ele vestia um macacão azul totalmente ridículo, com botões prateados, e usava na cabeça um boné igualmente estúpido com a imagem do Mickey gravada na frente. A aba reta. Sentado no sofá assistindo ao programa do Chaves ou Chapolin, com um prato de MACARRÃO sobre uma almofada, localizada em seu colo. V. comia sempre como um porco e eu ficava esperando o Benísio se arrumar. Eu costumava ficar na mesma sala onde ficava V. e suas especiarias macarronescas, enquanto o Benísio se arrumava em seu quarto demorando ‘horas’ para pentear o cabelo com gel. V. pesava em torno de 120 quilos, quilos e quilos de pura gordura proveniente de anos à fio alimentando-se só de macarrão. Macarrão à bolonhesa, macarrão ao molho branco, macarrão com sardinha, macarrão com cuzinho de galinha cortado em tiras finas. Enfim, macarrão. Não sei por que diabos ele ficava sempre comendo o maldito macarrão, geralmente bolonhesa, curvado sobre o prato, comendo de forma grotesca, sugando os fios de macarrão que chacoalhavam muito no trajeto até a boca. Emitindo ruídos do inferno e rindo alto. A boca de V., por sua vez, era feia, redonda, e SEMPRE lambuzada de molho, assim como o queixo, as bochechas protuberantes, pescoço e orelhas. Então ele ria. Ria e sugava aquela merda de macarrão espirrando molho pros lados. Vez ou outra um pedacinho de carne com molho voava e grudava em meu braço. Quando isso acontecia, eu limpava o braço porcamente no sofá de couro da família religiosa. Vez ou outra o retardado (que se achava muitíssimo esperto e inteligente), colocava macarrão dentro do motor da caminhonete do pai, acreditando que o alimento faria crescer o automóvel, transformado-o em caminhão. E eu sempre esperando meu amiguinho Benísio se arrumar pra irmos para a escola. Resultado: o comedor de macarrão acabava me deprimindo mais do que eu já era (e sempre digo, nunca aparentei ser (cara de criança feliz)), aguçando minha revolta e minha vontade de não fazer absolutamente nada da vida. Lembro bem que quase repeti de ano em 1995...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Uma tarde no Morumbi

Sou péssimo com datas, mas era uma tarde ensolarada de algum sábado perdido no segundo semestre de 2010. Meu sogro sugeriu a mim e a minha namorada que fossemos ao Morumbi ver São Paulo x Goiás. O time goiano era o lanterna do campeonato brasileiro. Ruim pra cacete.

- Ah, se não ganhar dessa merda aí não ganha de ninguém.

A Bruna é corinthiana e não entende nada de futebol, mas concordou. A última vez que eu tinha ido ao Morumbi foi no campeonato paulista de 1995 para assistir um frustrante São Paulo 0x0 São José.

Mas naquele sábado eu sabia que seria diferente. O tricolor estava embalando, era a chance de encostar nos líderes! Então, meu sogro nos deu uma carona até o Morumbi. Fila pra todo lado, gente pra todo lado, bagunça. Depois de alguns minutos perdidos eu e a Bruna conseguimos achar a fila certa pro ingresso. Meia hora na fila, gente fumando maconha na nossa frente, uns manés cortando a frente dos outros, mas beleza. Compramos o ingresso e fomos pra arquibancada azul.

Na entrada, a visão foi linda. 18 mil tricolores gritavam. O jogo já tinha começado. Entusiasmo total! Bola rolando, tricolor atacando. Quase gol umas três vezes. A cada gol perdido a torcida se empolgava ainda mais. Aquilo era uma coisa linda. Até a Bruna está empolgada com tanta animação da torcida.

Contra ataque do Goiás e gol deles. Fico de pé, assim como toda a torcida são-paulina e grito “São Paulo” com toda força. Outro gol do time verde. Novamente fico de pé e grito pra apoiar meu time. Terceiro gol daquela bosta e eu levanto para falar todos os palavrões que eu sei. Depois de repetir todos por uma três vezes comecei inventar palavrões novos.

Fim do primeiro tempo. Do meu lado direito a minha namorada corinthiana está rindo. Se eu não pretendesse casar com ela em breve teria dado um tapa bem no meio da cara! Ia aprender a rir do meu time lá na pqp. Do meu lado esquerdo a independente canta uns hinos de guerra. Na minha frente um cara reclama com a torcida que está quieta e acha que todo mundo tem que gritar. Mesmo que os jogadores já tenham saído de campo. Agora ele começa a xingar a própria torcida. Além de chato é débil mental.

Começa o segundo tempo. O São Paulo ataca, massacra, chuta, e a merda da bola não entra no gol daquele desgraçado do Harlei. “Venho no Morumbi e esse velho caquético desse goleiro caga na minha boca”, pensei. Xingo o Harlei de todos os palavrões – inclusive os recém inventados. Xingo o juiz, que não apita uma merda de um pênalti sequer. Xingos os jogadores também. Descontrole total.

De onde tiraram esse Tiago Carleto? Ele não corre, não acerta nenhum passe de dois metros muito menos um cruzamento. Desejo muito sinceramente que ele morra. E que a família dele também morra. Desgraçado. Quem contratou esse pereba? O resto da torcida são-paulina parece concordar comigo. Começou a chover. Agora sim, ficou bom.

Jogo no finalzinho e a Bruna já está com pena de mim e dos outros 18 mil torcedores abençoados que pagaram ingresso pra ver aquela bosta. Ela está torcendo pro São Paulo! Lamenta as chances perdidas no final do jogo. E ainda escapa de levar uma bicuda na cabeça.

Fim de jogo. A essa altura a Bruna tenta me mostrar que a vida ainda é bela. Do outro lado a Independente ameaça matar todo mundo. O cara da frente está xingando os outros torcedores, que por sua vez também o xingam. Por que ninguém chuta a cara desse retardado até ele calar a boca? Desgraçado.

Vamos pra um shopping lá perto nos entregar ao capitalismo do Mcdonalds. Antes, porém, vou ao banheiro mijar. Só tem são-paulino lá. Pelo menos uns 30 nego com a camiseta do tricolor. Nisso, entre um moleque de uns 12 anos com a camiseta do Corinthians. Todo mundo olha pra ele, ele olha pra todo mundo. Nunca tinha visto na vida uma criança com uma expressão de terror tão absurdamente grande. Antes de qualquer um falar alguma coisa ele sai correndo. Desesperadamente! Todo mundo ri. Pelo menos alguma satisfação pessoal eu teria que ter nesse dia, né...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Afinando a violinha, o início


Por Maria Cristina Kaiser

Esta é uma história real.

Menina de prédio na capital Curitiba, mas com raízes de no nortão do meu Paraná, “pé vermeio”, nascida em Wenceslau Braz , com quase 5 quilos de pura jaguarisse, vinha nos fins de ano, férias escolares passar com a minha vozinha, dona Irene, senhora bondosa e arteira como eu, e meu vô, que não era vô, por que Irene ficou viúva com apenas 22 anos, minha idade atual, mas com a filha nos braços, minha mãe, dona Rosane, religiosa (faz bolo e canta parabéns pra Jesus no Natal) e professora didicada. Deu que por fim casou-se novamente cinco anos depois com o mineirinho mais trambiqueiro que Pedro Malazarte, Seu José Elver de Moraes, ou simplesmente o Zé.

O Zé, não vô, por que ele sempre dizia que era o Zé. Acabou por Zé para os netos de criação e Fabiano para os conhecidos. O estranho é o Fabiano que ninguém sabe de onde veio. Foi um sujeito que me ensinou inúmeras peripécias, contador de casos como ele só, contava os que ouvia em versões aprimoradas, e os que inventava nas noites sem luz, ou à luz de “querosena”, do sítio da vozinha. Eram inúmeros.

Eu ficava sempre com as orelhas em pé aos seus contos, até mesmo quando ele estava entre homens contando barbaridades de arrepiar os cabelos do saco. Ouvi ele falar inúmeras vezes a expressão,por ele criada, afinar a violinha...

Que diabos afinal era afinar a violinha? Eu que não fui perguntar. Passei a infância ouvindo sem saber, até que um dia, mais crescida, fui ouvir mais uma vez atrás da porta da sala, e foi então que descobri o que era a indecente expressão. Atrás da porta, eu ria tanto, mas tanto, que as espionagens foram descobertas. Depois de muitos anos descobri que afinar a violinha era nada mais do que tocar punheta, descabelar o palhaço, bronha, dar no macaco, debulhar a espiga, debulhar o milho, descascar a mandioca, descascar o palmito, fazer o palhaço chorar, estrangular o sabiá, enfim, masturbação. Coitado do meu irmão, quando demorava no banheiro, logo eu gritava: “Tá afinando a violinha!”.

Eita seu José Elver heim! deve estar contando seus famosos causos lá no céu, ensinando as anjinhas a afinar as arpas e os anjos a afinar as violinhas.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Mulher vá e não peques mais


Estou aqui cercada por 3 homens inteligentes, criativos e mais velhos que eu, mas são homens e mesmo eu não gostando da idéia de ser mulher (algumas mulheres deixaram de ler e outras se interessaram) eu sou uma, e como única mulher aqui devo escrever algo em prol delas, ou não.

Enfim, o assunto é SEXO, e essa vai pra mulheres inteligentes (cerca e mais da metade deixará de ler neste momento), que tem dúvidas sobre suas relações com caras por aí.
Você pensa: se eu dou ele vai me deixar, se eu fizer charminho e não dar ele vai me deixar. É você está certa! Então, ele vai te deixar de qualquer maneira, fato.
O conselho: Espere algo mais sério rolar com esse cara, espere ele gostar de você, cative (se você for capaz), não se comporte como uma prostituta que chega e dá (sem preoconceito, mas elas cobram pra isso), e você? Se for uma, não está mais aqui quem falou, mas acho improvável.
Imagine que: Você está dando oportunidade pro cara gostar de você e te conhecer melhor, não pense que está enrolando ele, e nem deixe-o pensar isso. Seja prática, se vc der em pouco tempo, ele não tem porque querer se ‘’aprofundar’’ e saber como você é e o que tem de bom a oferecer, e se você demorar 2 anos pra dar, e após isso ele te largar, então nós constatamos que ele só queria te comer e o que nós todas já sabemos, os homens não prestam.
A Missão: Sejam legais, se amem, se cuidem, se doem, mas sabendo o seu valor, saiam com caras com os quais você tenha compatibilidade, seja a predadora não a presa, enfim, seja MULHER e faça valer os milhares de sutiãs que aquelas piradas queimaram na rua em 68 (nunca entendi o porque da incineração dos sutiãs), para conquistar direitos que na verdade se resumem em um único sentimento: ‘’AMOR PRÓPRIO’’, experimento é legal e não engorda.
Obrigada pela atenção (esses 3 vão me tirar daqui).

De pai para filho

Um palhaço passeava na calçada e carregava consigo bexigas de gás hélio multicoloridas e com rostos de animais e personagens da Disney. Nessas, Amadeu descansava na poltrona da sala de seu apartamento, lendo o jornal com um copo de vodca com gelo ao lado, próximo do abajur. Coçando prazerosamente o saco. Sábado de manhã, sabe como é. Amadeu morava com o filho Joaquim e a mulher Larissa em um pequeno, porém aconchegante apartamento no Jardim Irajá, na zona sul de Ribeirão Preto. Terceiro andar de um prédio de quatro andares. Bom, estava lá Amadeu com sua vodca e o jornal aberto na página de esportes e seu pequeno Juca de seis anos brincava no tapete da sala com uns carrinhos de metal enferrujados. Larissa estava menstruada (ainda tinha 35 anos, contra os 43 de Amadeu) e estava deitada de bruços na cama, dormindo preguiçosamente. Larissa não fazia porra nenhuma da vida. Só parasitava Amadeu, que por sua vez dava aulas de química na USP e tinha um salário que valia pouco mais que um saco de lixo cheio de cocô mole dentro. Mais um professor fodido e bêbado de merda. O sangue de Larissa já havia vazado o absorvente noturno (com abas) e escorria pelas coxas, como uma nascente de rio que nasce de um rego e escorre sobre as rochas da montanha. Juca, passando pela porta do quarto com seu carrinho predileto viu aquela cena e correu para o pai.

-Paiê! –disse, já impaciente.
-Oi filho...-respondeu Amadeu de forma quase sonolenta, sem tirar os olhos do jornal matinal.
-Mamãe morreu? -perguntou.
-Não, meu filho, mamãe está dormindo, ela está cansada. –respondeu.
-Não papai, não...tá saindo sangue da mamãe. TÁ VAZANDO TUDO SANGUE DA PERERECA DELA! VOCÊ MATÔ A MINHA MÃE! –berrou. Amadeu começou a rir.
-É apenas a menstruação da mamãe meu filho...
-Quê? –perguntou Juca com cara de ponto de interrogação, de imediato.
-É, as mulheres, uma vez por mês, sangram pela perereca. É como se estivesse trocando óleo de carro, sabe filho. A galinha não bota ovo? A vaquinha não dá leite? Então... As mulheres soltam sangue da perereca. Não tem nada de mais. Isso é natural, é normal...
- Isso é muito feio e nojento pai, isso sim!
- Mas filho, a vida não é tão bonitinha quanto você pensa... lá fora é foda... sabe, além dos pássaros, das borboletas, das piscinas de bolinha, que você adora, existem também os mandruvás, as plantas carnívoras, as universidades, os estupradores e...
Juca interrompeu:
- Quê isso pai??? Estrupadões??? – perguntou. Amadeu, já meio alto, riu novamente e depois respondeu.
- Olha filho, não se fala ‘estrupadões’, mas sim, estupradores, é uma palavra difícil, mas com significado fácil fácil. Estuprador é um cara que soca a pica em alguém, na maioria das vezes mulheres, sem que elas queiram...sexo forçado e...
-Puta merda pai, você é um estrupadão? Por que a mamãe ta toda sangrada... –insistiu.
-Não cacete, já disse... sua mãe está menstruada...
-Seu estrupadão! –provocou Juca.
-Seu boca suja do caralho! –irritou-se- Já disse seu merdinha duma figa que sua mãe está MENSTRUADA! Entendeu? Eu não fiz nada pra ela. É SÓ SANGUE SAINDO DA BOCETA! E já te disse também, seu moleque porra loca dos infernos, pra você parar com essa boceta desses palavrões!!!
-Mas pai, você fala coisa feia o dia inteiro... fala coisa feia e bebe esse negócio aí... você é boca suja e um fidaputa...- bateu de frente Juca com a coragem de um cavaleiro medieval.
Amadeu perdeu a paciência e não respeitou o cavaleiro medieval que era seu filho de um metro de vinte de altura e cabelo castanho enroladinho. Amadeu já estava quase bêbado. Depois de fincar a mão na cara do moleque, aconselhou-o e pediu-o um favor não muito delicado, como sempre o fazia.
-Escuta aqui Juquinha filho duma putinha... sua mãe ta menstruada, sangrando da boceta... seu papai trabalhou a semana toda e está cansado, querendo ler apenas um jornalzinho... sabe, você tem que parar com esse caralho desses palavrões... palavrão, bebida, meteção e cigarro isso é tudo coisa de gente grande... você ainda é um pequenino garoto infernal de férias dentro de um apartamento aconchegante, pra não dizer mínimo, e que não para um minuto de fazer perguntas imbecis... puta que pariu filhinho dos infernos, você vai deixar o papi beber a vodca dele em paz?
Cinco segundos de silêncio.
- Sabe pai –começou a falar Juca, com o rosto vermelho e os olhos também vermelhos de choro, soluçando, dessa vez mais calmo e sério- Você sempre bebe esse negócio, fica bravão, me dá tapa na cara e fala coisa feia... eu ainda te acho um fidaputa do calaiu...
Bravo, porém desiludido e triste com a frase de Juca, Amadeu entendeu que precisava mudar. Foi até a cozinha, despejou o resto de vodca fora, na pia. Lamentou sua vida de merda e coçou a bunda na sequência. A barriga pendia sobre a bermuda velha. Aquela pança pálida e flácida. Pensou na tabela periódica. Aquele caralho. Por alguns segundos odiou Dmitri Mendeleiev. Odiou eternamente todos seus alunos desgovernados e idiotas e brincalhões. Depois disso abriu a geladeira e pegou a garrafa de rum que estava pela metade. Deu um belo gole no gargalo e voltou pro seu jornal. Amadeu mudou da vodca para o rum em uma fração de segundos.

Minha singela apresentação

Bom, meu nome é Felipe Campos Peres (belo começo hein cara, puta merda que criativo!). Como um jornalista tipicamente perdido, que não traça planos, fuma e bebe pra caralho e que não tem a mínima disciplina pra nada, sou o último a postar aqui nessa taberna virtual. Ou seria um hospício virtual? Bom, foda-se. O Celsão Rock´s Troncho já meio que falou alguma coisa sobre a digníssima pessoa que sou eu. Mas vou me apresentar oficialmente, tendo em vista que eu sou o único ‘de fora’ do blog. Cara, eu nasci no fatídico ano de 84, em Ribeirão Preto, terra do chopp e das universidades quase sem serventia, terra do calor abundante e bem filho da puta, terra cercada por canaviais. Terra do meu Bafão (Comercial Futebol Clube/1911). Bom, estudei em um colégio de freia na infância (Vita et Pax/ erguido por freiras belgas foragidas da 2ª Guerra Mundial), depois fui morar na Inglaterra (sem saber que diabos faria lá (afinal tinha seis anos só)) e lá naquela ilha tão maravilhosa e educada eu aprendi a desenvolver minhas primeiras técnicas de vandalismo, observando meus amiguinhos branquelos e de pulôver e bochechas rosadas no intervalo da escola. Ah conheci pessoalmente meu primeiro soco inglês (ferramenta que eu não utilizo desde 2001). Lá vi também que nem toda mãe era como as ‘nossas’. As mães dos meus amiguinhos eram punks (o Celso ia gostar disso), afinal ainda era ano de 1990 e elas tinham cabelos fedidos e horrorosos (rosas, laranjados, roxos em sua maioria) e passavam saliva com cheiro de cigarro e peido na nossa cara (isso era uma técnica para ‘limpar’ a sujeira do nosso rosto) quando iam nos pegar na escola. É... vou resumir um pouco mais senão ninguém suporta essa merda. Voltei pra Ribeirão depois de dois anos um pouco mais desgostoso das coisas apesar de sempre aparentar o contrário (cara de criança feliz). Corintiano fanático, sofri pra caralho e continuo sofrendo com isso e acabei me formando em jornalismo por não ter passado em turismo na USP ( e dou graças a Deus por isso senão provavelmente agora eu estaria levando uma turma de idosos pra Caldas Novas). Viajei pra caralho durante a vida, ao todo 15 países da Europa, conheci a bosta dos EUA, fui pra Bahia, Pindorama, Conselheiro Mairink etc, etc, etc. Já tentei ser: jogador de futebol, hippie, baterista (?), dono de bar (apesar de nunca ter tido um), quê mais... ahhh, escritor e poeta (isso minha burrice e total falta de noção faz com que continue tentando). Bom, vim parar aqui em Santo Antônio da Platina depois de pegar uma Folha de Londrina em 2008 (morei em Londrina em 07/08) para enxugar o mijo do cachorro e li nos classificados por acidente que tinha uma vaga pra repórter então eu corri pra cá, me perdi alcoolizadamente na estrada, cheguei atrasado na entrevista, mas consegui o emprego (não me perguntem como o Marco, editor do jornal e boníssimo companheiro de copo me aceitou) e hoje estou aqui dividindo honrosamente esse espaço com os colegas muitcho doidos. Galera, na sequência vai um conto/artigo/qualquer merda que eu escrevi. Espero que gostem. Viva a cerveja e a loucura noturna. Se passou algum erro de português ou concordância, me perdoem, pois sou burro. Um abraço pra todos.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Afinando a violinha

http://bit.ly/hsw7Ry

Vídeo "família" digno de Lucas e as Bizarrices

Obituário do Rock



Começa hoje o obituário do rock, onde vou prestar homenagem à 30 ícones do rock que fizeram a passagem para o outro lado. Neste dia 2 de fevereiro, faz 32 anos da morte de Sid Vicious, e 14 anos sem Chico Science. 

2/2/1979
Morre o baixista do Sex Pistols, Sid Vicious (John Simon Ritchie-Beverly, Londres, 10 de Maio de 1957 — Nova Iorque, 2 de Fevereiro de 1979). Ele foi encontrado morto no banheiro da casa de sua mãe, em uma festa após ter saído da prisão. Motivo: Overdose de heroína. Most people believe that his ashes were scattered on Nancy Spungen's grave in the King David Cemetery in Philadelphia. A maioria das pessoas acreditam que suas cinzas foram espalhadas sobre o túmulo de Nancy Spungen, no King David Cemetery em Filadélfia.



2/2/1997
Um acidente de carro mata Francisco de Assis França, mais conhecido como Chico Science (Olinda, 13 de março de 1966 — Recife, 2 de fevereiro de 1997), um dos principais colaboradores do movimento manguebeat em meados da década de 1990. Líder da banda Chico Science & Nação Zumbi, deixou dois discos gravados: Da Lama ao Caos e Afrociberdelia.


Abaixo, segue uma carta de Renato Russo, publicada no Melody Maker, da Inglaterra, sobre a morte de Sid Vicious. Na edição de 31 de março de 1979, quase um mês depois da morte de Sid Vicious, do Sex Pistols, o lamento de um certo Eric Russel foi escolhido carta da semana. Abaixo, a carta e a tradução.


"Acho que meu pai sabia, ele provavelmente viu na TV ou leu nos jornais, mas não me contou. Um amigo me disse e eu não acreditei. Tive que ligar para meu professor de violão e perguntar se ele tinha ouvido alguma coisa. Aconteceu numa sexta-feira, mas eu só soube da notícia domingo à noite. Nada me atingiu do jeito que a morte de Sid me atingiu. Chorei a noite toda, e era como uma espécie de grito, doloroso, não só por Syd, mas por tudo. Perdi completamente o controle de mim mesmo. Sabe, nada acontece aqui, nunca. Eu sempre recebo as notícias duas semanas atrasado. Não se lança nada de new wave (ou qualquer outra coisa boa que interesse) aqui, eu tenho que comprar importados no Rio. Tudo é discoteca, Travolta ou samba.

Quando a coisa do punk começou, eu e meus amigos entramos de cabeça porque alguma coisa estava acontecendo. Nos envolvemos com a música como não acontecia desde os Beaties e os Stones. Era diferente. Sid, John e o Clash, eram todos heróis. Eles pensavam do jeito que a gente pensava; nem mesmo o Airplane (Jefferson Airplane, grupo psicodélico formado em São Francisco, no auge do flower power) tinha batido tão perto em mim. Dava um certo medo, era como dividir alguma coisa, não era apenas ser um fã burro. (...) Ele morreu por causa do que era. E como Brian (Jones, guitarrista dos Stones), Jim (Morrison, vocalista dos Doors) e Gram (Parsons, ex-The Byrds, pioneiro do country rock que morreu em 1973, de uma overdose de morfina e tequila, em Joshua Tree, Califórnia), as pessoas só vão entender depois de alguns anos. Alguns vão esquecer, outros não, alguns já esqueceram, mas quando um herói éde verdade (eu digo herói mesmo), ele sobrevive. Aposto que alguém vai rir lendo isso. Pode rir, você não entende. (...) Eu cresci milênios de 75 para cá. Mas ainda tenho 18 anos. Vejo as coisas um pouco diferentes agora, e odeio... Mas vou passar por isso e não vou perder (ganhar) como Sid Vicious fez. E eu vou fazer por ele porque ele fez por mim.”

Eric Russel, Brasília (GANHADOR DO LP)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Quatro


 
Somos iguais com idéias diferentes. Eu sei que idéia perdeu o acento, mas o Word não sabe, fazer o quê? É igual o cu que não leva acento, é o acento que leva o cu, mas eu estou muito bêbado para corrigir, apenas vou digitando em um caminho sem volta, como a flecha disparada que não tem retorno. Mas voltando, porque o bumerangue volta... hããã....Somos iguais com idéias (SEM ACENTO PORRA) diferentes. Quatro seres desprezíveis vão depositar neste blog seus pensamentos fétidos, que podem ser definidos como o substrato do pó da bosta.
Quatro seres que estão a margem da sociedade, que perderam o bonde da história e sentaram na janela, que vão fazer das tripas o coração para que essa merda dê certo, mais tripas, intestino e bosta,  é verdade. Vamos ver o que vai acontecer.
Mas quanto às diferenças, vou falar por mim, por que me conheço há muito mais tempo do que conheço os outros. Eu deveria me conhecer a muito mais tempo, mas as lembranças mais remotas remontam ao século XX, ano 1987, quando tinha quase 3 anos. Ah! Que lembrança sensacional seria se me lembrasse de 1968, o ano que não terminou, quando estava no saco do meu pai. Será que eu já estava? Creio que não, senão teria morrido em um genocídio de uma masturbação do velho Celso. Quanto tempo será que o espermatozóide fica no saco de uma pessoa? Sei lá.
Mas pela remissão ao ano de 1968, já perceberam que sou saudosista. Ao contrário de meus amigos Felipepe Peres, (com cacofonia para não ser viado), e de sua prenda Beatriz Junqueira, não sei ser contemporâneo. Nasci em Santos, nos anos 1980. Com três anos, tinha cabelo tigelinha, cantava Ramones, MEL MEL PÁ PÁ (Surfin Bird). Era uma época diferente, a luz, a saturação, a sonoridade. O mundo tinha mais a dizer. Hoje, infelizmente, a situação é muito diferente. Logo meu amigo Felipe fará um artigo ressaltando as belezas dos nossos dias. Com algumas concordarei, é claro.
Quanto a Vanessa. Ela não gosta de Rogério Skylab!!!!!!!!!!, Meu Deus, o maior poeta vivo desde que Chico Buarque morreu em um acidente automobilístico em um túnel no Rio de Janeiro. 
 Já o Lucas, esse filhodaputinha é bem parecido comigo, mas toma água com açúcar. Ele sabe a escalação do Sorocaba Esporte Clube de 1950 de cor. É o único sãopaulino homem fora eu. Fora, dentro, fora...
Para encerrar essa postagem, espero que todos apreciem estes quatro dementes. E isso é tudo pessoal!