segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Crítica


Império do Rock

Um festival de rock em um dia que teve duas meias-noites. Um festival que, no geral, teve bandas boas. Um lugar bacana. Cerveja boa. Para a primeira edição conseguiu ter um bom nível, porém...
Não dá pra aceitar um festival de rock com uma bebida chamada Teletubbie. QUE PORRA É ESSA?. É pra desacreditar qualquer segunda edição. Sorte que o público, formado na maioria por adolescentes coloridos, não deu conta de tomar toda a cerveja e o open bar durou até de madrugada.
Quanto ao som, quebrou o galho, mas em certos momentos chegou a comprometer a apresentação dos músicos, como a do folk man Antônio Altvater.
A primeira banda que se apresentou (pelo menos a primeira que eu vi), que eu não sei o nome, só sei que é de Bandeirantes, manteve um bom nível em covers de Metallica, Iron Maiden e outras bandas de hard rock dos anos 1980. Destaque para o vocalista. Em seguida Antônio Altvater se destacou com músicas autorais, o que faltou para as outras bandas. Talvez não fosse o público ideal para dar a cara a bater, mas ele fez, ponto para ele.
Após o violão e gaita, Antônio fez participação na primeira música da banda Pátria Fúria, de Wenceslau Braz. Para variar, outra ótima apresentação de Rodrigo Santos, André Maluf, e o novo baterista Rafael Bob. Rock clássico de responsa. Só faltaram as músicas próprias.
Por volta das 2 horas, já sob censura da polícia para que diminuíssem o volume, subiu ao palco a banda Querida Mary. Banda que não faz feio, mas que infelizmente se limita a uma linha de rock inglês sem graça, como Strokes e seus genéricos. Além do som sem graça, as frases no microfone do tipo: “Planet Hemp na área Porraaaa!”, ficaram fora de contexto como as pérolas de Chorão do Charlie Brown Jr. Mais pose que atitude.
A última banda que agüentei assistir foi a D-Riff, de Santo Antônio da Platina. Logo no início da apresentação eles já se desculparam pela falta de ensaio, porém o que se viu foi uma banda entrosada, com músicas bem executadas. O ponto alto da banda, sem dúvidas é o guitarrista, que arrancou efeitos bem próximos aos de Tom Morello, em músicas do Rage Against The Machine. O vocal ainda destoa um pouco, mas com alguns ensaios pega o jeito.
Então no geral, parabéns para a galera que organizou o festival, mas lembrem-se, rock and roll e teletubbie não combinam. Senão, na próxima, quem realmente gosta de rock (e não apenas vai com roupinha de banda para aparecer) vai dizer:
Hora de dizer tchau!!!!!
TCHAU!!!!!!!!

6 comentários:

Lucas disse...

E na próxima avisem a polícia, corpo de bombeiros, prefeitura e quem mais precisar, porque a parada de ter que diminuir o som no meio da apresentação do Pátria Fúria foi BROXANTE.
Mas no geral, valeu.

Vanessa Lopes disse...

CADE A NOTA?

Celso Felizardo disse...

De 0 a 5, nota 3

Lucas disse...

Acho que o "cadê a nota?" que a Vanessa falou era uma piadinha sobre a banda "Cadê o Gato?".

Flávio Corcini disse...

Onde foi esse festival? Wb mesmo?

Lincoln disse...

Como dito, foi o primeiro festival, e a organização realmente teve "felhas faias", como, por exemplo, a mudança do local de última hora, o que até deu certo, pois num local aberto se tem mais espaço para circular. PORÉM... o som ecoa sem resistência e incomoda os vizinhos, motivo pelo qual a PM nos fez uma visita, sem contar que o local é bem próximo de um hospital.
A primeira banda, Metavóia, realmente foi uma agradável surpresa para todos, muitos elogiaram a banda e com razão.
O equipamento de som realmente deixou a desejar, fato que não pode se repetir, mas, enfim, valeu pela iniciativa...
Mas quanto aos teletubbies, se a presença deles manter os adolescentes entretidos enquanto bebo minha cerveja, não vejo problema...

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